Microorganismos e bactérias estão presentes em todos os lugares. Não é diferente em nossa boca. Nela há diversas bactérias que formam microcolônias que se alocam na superfície dos dentes e gengiva. Somente nesses locais, estima-se que haja de 200 a 300 bactérias, além das leveduras, protozoários e vírus.
A presença dos microorganismos não é proveniente de falta de escovação. Elas estão presentes naturalmente nas superfícies – na maioria das vezes, nas superfícies molhadas, como é o caso da cavidade bucal.
Essas microcolônias – composta de bactérias que vivem em um processo de cooperação, onde cada um é responsável por uma função para manter a harmonia – ligadas a superfícies recebem o nome de biofilme. Na cavidade bucal, é denominada biofilme dentário, ou como é mais conhecida, placa bacteriana.
Como citamos, o biofilme dentário está presente naturalmente nas cavidades bucais. Mas se os cuidados de higiene forem deixados de lado, ele pode ser o responsável por diversas doenças, como a cárie dentária ou as periodontais, como a gengivite ou periodontite.
Controle do biofilme dentário
A escovação e o uso frequente do fio dental são as formas mais efetivas de se prevenir que o biofilme dentário se transforme em doenças bucais. E a prevenção é muito importante nesses casos, já que a organização das microcolônias dificulta a ação dos medicamentos para reverter os quadros da doença já está instalada. As microcolônias formam uma espécie de matriz de proteção que são resistentes até a antibióticos.
Estudiosos apontaram em uma pesquisa que, sem a escovação, o aparecimento da gengivite, por exemplo, é verificado em um período de três semanas. Dessa maneira, verifica-se que a escovação e o uso do fio dental são efetivos para o controle do biofilme dentário.
Diferenças quanto à aderência na superfície
O biofilme dentário pode se fixar em qualquer superfície da cavidade bucal. Dessa maneira, ele se diferencia em supragenvival e subgengival. Enquanto na primeira a placa está aderida a superfície dentária, a segunda está presente no sulco gengival porção entre o dente e a gengiva.
O biofilme dentário supragengival pode ser controlado com a utilização da escova, enquanto que a subgengival, com o uso do fio dental.
Tecnologia a favor de estudos
Ainda é mínimo o conhecimento do biofilme dentário, mas as novas tecnologias estão contribuindo para seus estudos e controle. Com a microscopia de varredura confocal a laser é possível obter imagens tridimensionais do biofilme.
Outra técnica utilizada para examinar os materiais genéticos, que são liberados por meio dessas comunidades de bactérias, são as sondas de DNA. Verificando assim a identificação e classificação de seus componentes.
Com a identificação dos grupos e bactérias é que pesquisadores estão chegando a novos resultados para o ‘combate’, quando o biofilme já se transformou em doenças. Como a utilização de novos agentes que tem como intuito danificar a membrana bacteriana e assim penetrar no biofilme.
Como verificamos, a melhor maneira que há para o controle do biofilme dentário é a mais básica. Manter os cuidados diários da higiene bucal. Escovação dos dentes no mínimo três vezes ao dia, o uso de fios dentais e enxaguantes bucais são os grandes aliados. Além, é claro, das visitas regulares ao dentista.
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