controle do biofilme dental
Há tempos que os agentes químicos são utilizados para o controle do biofilme dental. Os chamados dentifrícios – os cremes dentais, géis ou pastas -, e os enxaguantes bucais, fazem uso destes agentes para aumentar a efetividade da higienização. Esses agentes são associados às pastas já que é o meio mais utilizado pela população em geral, de fácil acesso e penetração eficaz.
Importante ressaltar que os agentes químicos vêm a somar com o controle mecânico do biofilme dental. Este feito com a escovação, o uso do fio dental e com equipamentos utilizados nos consultórios dentários, como curetas e limas, por exemplo.
Com o avanço das pesquisas, a cada dia surgem novos agentes químicos que prometem ser mais eficazes, aliados ao controle mecânico. Tanto os profissionais da Odontologia como a população em geral devem ficar atentos quanto às pesquisas e suas comprovações, já que alguns desses agentes químicos utilizados no controle do biofilme dental podem ter seus prós, mas também tem seus contras.
E como esses agentes químicos operam para controlar a formação do biofilme? Sabemos que a cavidade bucal é repleta de bactérias. Devemos lembrar que o biofilme é formado por meio de micro colônias. As bactérias se unem e formam um núcleo de proteção. O biofilme é formado então pela calcificação destas micro colônias, o que torna difícil a sua remoção.
Neste artigo vamos conhecer alguns dos agentes químicos mais utilizados para o controle do biofilme dental. Há uma infinidade deles sendo estudados, mas vamos aos mais comuns.
1. Utilização da Clorexidina para o controle do biofilme dental
Dentre os agentes químicos utilizados nos enxaguantes para o controle do biofilme dental, os mais utilizados são aqueles que eliminam seletivamente as bactérias da cavidade bucal, como a clorexidina. Seletivamente, pois há aquelas bactérias presentes na cavidade oral que não causam mal à saúde e mantém as características ‘normais’ da boca.
Mas esses agentes químicos eliminam essas bactérias por um breve período de tempo. Estudos apontam cerca de seis horas após a escovação ou o uso de enxaguantes para nova formação de bactérias.
Eliminando as bactérias a cada escovação, a formação das microcolônias é dificultada, e a sua calcificação evitada. Vale destacar ainda que, além dos estudos quanto aos agentes químicos utilizados, há os estudos quanto a quantidade utilizada e os benefícios.
A clorexidina é o agente químico mais estudado e o de preferível utilização, já que é atóxico e não poluente. Mas apesar disso, o seu uso a longo prazo pode trazer malefícios, como mancha no esmalte dos dentes, cálculo, além de sensação de queimação.
2. Composição de agentes químicos
Agente antimicrobiano, e possível na composição de dentifrícios, o triclosan apresenta vários benefícios para a saúde oral. Age ainda como um antiinflamatório, e não causa desequilíbrios na cavidade bucal.
Composto com outros agentes como citrato de zinco, copolímero de ácido maléico e polivinil metil etileno, pirofosfato, apresenta resultados ainda mais satisfatórios no controle do biofilme dental. Essas combinações têm a intenção de prolongar e potencializar os benefícios do triclosan.
Outra vantagem da utilização do triclosan é que, pela sua coloração esbranquiçada, não mancha o esmalte dos dentes.
3. Óleos Essenciais
Entre os óleos essenciais utilizados na composição de dentifrícios e soluções bucais, estão eucaliptol, timol e mentol. Seu uso se deve por alterar a permeabilidade do biofilme dental, o que auxilia no seu controle. Além de sua função antimicrobiana, apresenta ainda características antiinflamatórias.
Esses são apenas alguns agentes químicos utilizados pela indústria odontológica. Há uma infinidade deles em fase de estudos. É importante lembrar que um dos primeiros agentes a ser utilizado, e que hoje é amplamente comercializado na composição da maioria dos produtos de higiene bucal, foi o flúor.
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