vigilância epidemiológica em saúde bucal
É a vigilância epidemiológica que “controla” o risco de doenças de um grupo de pessoas em uma localidade ou de um determinado país. Para isso precisa-se de todas as informações da doença em questão. Como ela aparece, porque, qual o tratamento, existe cura, onde é mais comum seu aparecimento? Enfim, uma série de informações é necessária para estabelecer o controle das doenças.
Além de todas as informações, dados estatísticos são extremamente necessários. São estes números que estabelecerão os critérios para se tratar da doença em foco. A vigilância epidemiológica em saúde bucal irá estabelecer informações, dados e maneiras de controle quanto às doenças da cavidade bucal.
Desde doenças mais comuns, como a cárie dentária até a doença periodontal, até o câncer de boca contam com vigilância epidemiológica voltada ao seu acometimento. É ela que será usada como base para ações de prevenção, que evitem, ou diminuam, o aparecimento das doenças. Vamos ver como ela é feita:
Pesquisa como ferramenta de conhecimento
Para efetivar a vigilância epidemiológica, primeiramente é necessário conhecer os números de incidência das doenças bucais em determinada população. Pode ser de um bairro, de uma cidade e até de um país. São os chamados levantamentos epidemiológicos.
No Brasil, o Departamento de Atenção Básica da Coordenação Nacional de Saúde Bucal e da Secretaria de Vigilância à Saúde realiza, a pedido do Ministério da Saúde, desde 1986 amplos estudos epidemiológicos para traçar políticas públicas de atenção à saúde oral.
Um destes estudos, o de 1993, foi o que embasou uma importante Política Pública do Governo Federal, a implantação do programa Brasil Sorridente. O estudo identificou um sério problema, a alta incidência de cáries no país. O Governo ouviu a população e depois sugeriu o programa para ‘solucionar’ o problema.
Um dos resultados foi uma diminuição dos casos de cárie dentária no Brasil. O programa trouxe outros inúmeros outros benefícios, com a disponibilidade de equipes odontológicas para toda a população.
Consulta popular para a vigilância epidemiológica em saúde bucal
Já adiantamos acima a etapa seguinte da coleta de informações por meio do levantamento epidemiológico. As consultas à população também pode ser acrescentada durante a produção de dados da vigilância epidemiológica.
No caso de pesquisas realizadas em todo o país, abre-se consulta pública por meio da internet. Toda a população pode se manifestar sobre o tema, opinar, questionar ou acrescentar informações. Esta etapa também pode ser muito construtiva para conter determinada doença ou melhorar determinado serviço ou tratamento.
Análise de dados
Ouvidas todas as partes é hora da análise. Geralmente os órgãos que realizam os estudos epidemiológicos contam com comissões ou grupos de técnicos e estudiosos para a análise de dados do levantamento, e também da consulta popular.
Proposição de projetos para o alcance das soluções
Da análise em grupo é que surgem as propostas para o alcance de soluções para o problema encontrado na vigilância epidemiológica em saúde bucal. É importante ressaltar que nem todos os levantamentos contarão com projetos e proposições. O grupo de análise é que verificará a necessidade de ações futuras ou não.
Como vimos, há várias etapas que precisam ser cumpridas para a vigilância epidemiológica em saúde bucal. Mas ela é de extrema importância para manter a população livre de acometimentos. Além disso, o levantamento epidemiológico pode indicar maus hábitos, quanto à higienização oral, que pode ser corrigidos através de campanhas.
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